Continuação 4° parte do estudo do Evangelho de Marcos.
CARACTERÍSTICAS
Diversas peculiaridades notáveis da narrativa de Marcos fazem dela uma exceção entre os Evangelhos. O estilo foi descrito como pitoresco, enérgico e dramático. Um realismo vivo caracteriza tanto o estilo de Marcos como a sua narrativa simples dos fatos. Os acontecimentos foram descritos sem alteração ou interpretação extensa, e sua apresentação foi marcada pela qualidade da exatidão encontrada nas narrativas das testemunhas oculares. Um vigor pronunciado e uma nota de urgência podem ser sentidos em quase todas as passagens da obra. A palavra característica deste Evangelho de ação é euthys, o qual ocorre cerca de quarenta e uma vezes e foi traduzido para logo, imediatamente, sem demora, dentro em pouco. Os tempos gregos são usados com eficiência para aumentar o efeito dramático e descritivo da história de uma vida que já é dramática em virtude de sua natureza intrínseca. Em numerosos lugares aparecem palavras de vigor fora do comum, tais como "impeliu" (1:12), comparado com "conduzido" que aparece nos outros Evangelhos Sinóticos (Mt. 4:1; Lc. 4:1).
Em harmonia com essas peculiaridades entra a brevidade do livro propriamente dito e a narrativa concisa dos acontecimentos característicos (conf. Mc. 1:12, 13; Mt. 4:1-11).
CONTEÚDO
O Evangelho começa com um breve relato dos acontecimentos que deram início ao ministério público de nosso Senhor, isto é, seu batismo e tentação. Marcos omitiu assim, propositalmente é claro, qualquer referência ao nascimento e os primeiros trinta anos da vida de Cristo. Ele também não menciona o começo do ministério na Judéia, que foi registrado em Jo. 2:13 – 4:3. Sem qualquer explicação sobre os acontecimentos intermediários, o autor passa da tentação para o ministério na Galiléia. O primeiro período da obra ao norte da Palestina foi marcada por tremendo sucesso com multidões se ajuntando para ouvir o novo mestre, resultando em que ele achou necessário restringir os ajuntamentos ao campo (Mc. 1:45). Vinha gente da Judéia e Iduméia para o sul da Peréia para o leste e de Tiro e Sidom para o norte (3:7,8).
Quase simultaneamente, nosso Evangelho registra o começo da hostilidade a Cristo da parte dos líderes judeus. Esta oposição intensificou-se até se transformar em uma das características principais do segundo período da obra na Galiléia. Como resultado da inimizade desses líderes e da supersticiosa suspeita de Herodes Antipas, Jesus deu início a uma série de sistemáticas retiradas da região da Galiléia, sempre permanecendo na área em geral e freqüentemente retornando a Cafarnaum para uma rápida estada. Durante esses dias sua ocupação principal era de treinar os discípulos. A hora para a qual ele propositalmente se dirigia estava se aproximando rapidamente e foi nesse ponto que ele começou a preparar os seus, repetindo explicações, para a consumação de sua obra terrena com a morte e ressurreição.
Após as retiradas para treinamento dos discípulos, Marcos traça a última viagem de Cristo a Jerusalém através da Peréia. Ao fazê-lo nosso autor tornou a omitir considerável porção de material. Passou por cima de todo o ministério posterior na Judéia e a maior parte do trabalho além do Jordão na Peréia. De acordo com a característica brevidade do Evangelista, ele entra imediatamente na narrativa da Semana da Paixão. A este curto período Marcos dedica quase seis dos seus dezesseis capítulos, uma proporção inteiramente justificada quando se percebe que essa é a consumação proposital para a qual a vida de nosso Senhor se dirigiu.
Deus te abençoe garanto que será bençao pra muitas pessoas esse blog pq nos ajuda a entender mais sobre os evangelhos rs
ResponderExcluir