sexta-feira, 6 de abril de 2012

Evangelhos de Marcos P.4

Continuação 4° parte do estudo do Evangelho de Marcos.
CARACTERÍSTICAS  
Diversas  peculiaridades  notáveis  da  narrativa  de  Marcos  fazem  dela  uma  exceção  entre  os Evangelhos.  O  estilo  foi  descrito  como  pitoresco,  enérgico  e  dramático.  Um  realismo  vivo caracteriza tanto o estilo de Marcos como a sua narrativa simples dos fatos. Os acontecimentos foram  descritos  sem  alteração  ou  interpretação  extensa,  e  sua  apresentação  foi  marcada  pela qualidade  da  exatidão  encontrada  nas  narrativas  das  testemunhas  oculares.  Um  vigor pronunciado e uma nota de urgência podem ser sentidos em quase todas as passagens da obra. A palavra característica deste Evangelho de ação é  euthys, o qual ocorre cerca de quarenta e uma vezes e foi traduzido para logo, imediatamente, sem demora, dentro em pouco. Os tempos gregos são usados com eficiência para aumentar o efeito dramático e descritivo da história de uma vida que  já  é  dramática  em  virtude  de  sua  natureza  intrínseca.  Em  numerosos  lugares  aparecem palavras de vigor fora do comum, tais como "impeliu" (1:12), comparado com "conduzido" que aparece nos outros Evangelhos Sinóticos (Mt. 4:1; Lc. 4:1).  
Em harmonia com essas peculiaridades entra a brevidade do livro propriamente dito e a narrativa concisa dos acontecimentos característicos (conf. Mc. 1:12, 13; Mt. 4:1-11).  
   
CONTEÚDO 
O  Evangelho  começa  com  um  breve  relato  dos  acontecimentos  que  deram  início  ao  ministério público de nosso Senhor, isto é, seu batismo e tentação. Marcos omitiu assim, propositalmente é claro, qualquer referência ao nascimento e os primeiros trinta anos da vida de Cristo. Ele também não  menciona  o  começo  do  ministério  na  Judéia,  que  foi  registrado  em  Jo.  2:13 – 4:3.  Sem qualquer  explicação  sobre  os  acontecimentos  intermediários,  o  autor  passa  da  tentação  para  o ministério  na  Galiléia.  O  primeiro  período  da  obra  ao  norte  da  Palestina  foi  marcada  por tremendo sucesso com multidões se ajuntando para ouvir o novo mestre, resultando em que ele achou  necessário  restringir  os  ajuntamentos  ao  campo  (Mc.  1:45).  Vinha  gente  da  Judéia  e Iduméia para o sul da Peréia para o leste e de Tiro e Sidom para o norte (3:7,8). 
Quase simultaneamente, nosso Evangelho registra o começo da hostilidade a Cristo da parte dos líderes  judeus.  Esta  oposição  intensificou-se  até  se  transformar  em  uma  das  características principais do segundo período da obra na Galiléia. Como resultado da inimizade desses líderes e da  supersticiosa  suspeita  de  Herodes  Antipas,  Jesus  deu  início  a  uma  série  de  sistemáticas retiradas  da  região  da  Galiléia,  sempre  permanecendo  na  área  em  geral  e  freqüentemente retornando  a Cafarnaum  para uma  rápida  estada.  Durante  esses dias sua ocupação principal  era de treinar os discípulos. A hora para a qual ele propositalmente se dirigia estava se aproximando rapidamente e foi nesse ponto que ele começou a preparar os seus, repetindo explicações, para a consumação de sua obra terrena com a morte e ressurreição.  
Após  as  retiradas  para  treinamento  dos  discípulos,  Marcos  traça  a  última  viagem  de  Cristo  a Jerusalém  através  da  Peréia.  Ao  fazê-lo  nosso  autor  tornou  a  omitir  considerável  porção  de material.  Passou  por  cima  de  todo  o  ministério  posterior  na  Judéia  e  a  maior  parte  do  trabalho além  do  Jordão  na  Peréia.  De  acordo  com  a  característica  brevidade  do  Evangelista,  ele  entra imediatamente na narrativa da Semana da Paixão. A este curto período Marcos dedica quase seis dos seus dezesseis capítulos, uma proporção inteiramente justificada quando se percebe que essa é a consumação proposital para a qual a vida de nosso Senhor se dirigiu. 

Um comentário:

  1. Deus te abençoe garanto que será bençao pra muitas pessoas esse blog pq nos ajuda a entender mais sobre os evangelhos rs

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